sábado, 21 de agosto de 2010

GRANDE PROPAGADOR DA ORDEM CISTERCIENSE ABADE DE CLARVANIX

São Bernardo - Abade e Doutor

São Bernardo, descendente de família da alta nobreza, nasceu em 1091 no castelo Fontaines, perto da cidade de Dijon, na Borgonha. O nome do pai era Tezelin e da mãe Aleth (Alice, Isabel), era da casa dos Montbar. Entre sete irmãos, era ele o terceiro, o mais querido da mãe que, devido a um sonho misterioso, o consagrou a Deus de um modo particular, e com esmerado cuidado o enveredou para uma vida cristã toda exemplar. Dos cônegos de Chatillon recebeu seu preparo lingüístico e dialético. Tinha dezenove anos, quando perdeu a mãe.
De formosura singular, inteligente e de modos cativantes, o mundo estendeu seus tentáculos, para prendê-lo nas suas malhas. Instintivamente Bernardo recuou. Seu amor era mais nobre, mais sublime. Dizem seus biógrafos que, esperando ele pelo começo da missa da meia-noite, na véspera do Natal, apareceu-lhe o Menino Jesus, envolto num encanto e beleza celestiais, visão esta que o fez renunciar por completo ao amor mundano. Diferente dos seus irmãos que seguiram a carreira militar, Bernardo tratou de abandonar o mundo e obter admissão na Ordem de Citeaux, havia pouco antes fundada. Em 1112 entraram ele e mais 30 companheiros, entre estes um tio, e mais quatro amigos, além de muitos outros jovens das suas relações. Tão forte era a influência que exercia sobre o espírito dos seus amigos mais chegados, que as mães e esposas procuravam dele afastar os filhos e maridos, com receio de lhes serem arrebatados.
Três Anos de profissão tinha Bernardo, quando foi nomeado abade na nova fundação de Clairvaux. O lugar inóspito, o terreno, o clima úmido e frio, exigiu árduos sacrifícios dos monges que, como pioneiros, foram destacados para aquele deserto, esconderijo de ladrões, bandidos e salteadores. Mais de uma vez foi ventilado o plano de abandonar aquela estação e o jovem abade não se sentia com coragem de dirigir palavras de edificação e animação aos seus religiosos. Ele mesmo chegou a tal ponto de esgotamento, que se viu forçado a passar algum tempo fora do convento e tratar de sua saúde, seriamente abalada. As coisas, entretanto, mudaram. O trabalho dos monges produziu frutos inesperados, e Bernardo, testemunha que foi da dedicação, do heroísmo e do sofrimento de seus confrades, se convenceu da necessidade de mudar de sistema: Em vez de governar com todo o rigor de superior principiante e inexperiente; de se deixar levar nos ímpetos de gênio fogoso, condoer-se das fraquezas de seus discípulos e tratá-los com mais paciência e caridade.
Era o tempo das Cruzadas, época da criação das Ordens Militares. Para algumas delas, Bernardo recebeu ordem de lhes elaborar uma regra.
Dos Santos Padres, não há quem alcance S. Bernardo na interpretação do divino amor, na beleza da forma retórica, na doçura e no encanto da expressão. A Igreja honrou-o com o título de Doutor melífluo.
. O corpo do santo, teve seu último repouso na capela do mosteiro, aos pés do altar de Nossa Senhora, cujo delicioso trovador o santo de sua vida tinha sido. Bernardo faleceu com 63 anos de idade. Foi canonizado em 1165 por Alexandre III e, em 1830, por Pio VIII, Doutor da Igreja.


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