quinta-feira, 29 de maio de 2014

Pastoral da Mobilidade Humana

Pastoral da Mobilidade Humana reafirma compromissos


O I Congresso de Pastorais da Mobilidade Humana, realizado no Panamá, entre os dias 12 e 16 de maio, e que reuniu bispos, padres, religiosos e leigos representantes de organizações pastorais dos países da América Latina, resultou em documento em que são abordados o panorama da realidade, testemunhos, práticas pastorais e a reafirmação de compromissos de diversas pastorais a partir da reflexão bíblico-religiosa no encontro.
A Pastoral da Mobilidade Humana possui quatro áreas de atuação: as migrações, o turismo, os itinerantes e o apostolado do Mar. Durante o Congresso, os participantes buscaram fortalecer e avançar no reconhecimento, na defesa e na promoção da vida, dos direitos e da dignidade das pessoas em situação de mobilidade. “Os debates sublinharam os desafios e a solicitude pastoral com migrantes, refugiados, deslocados, gente do mar, povo itinerante e do mundo do turismo, em diferentes situações socioeconômicas e político-culturais”, afirma o texto.
De acordo com o documento, o Congresso convocou os representantes a um “olhar amplo” sobre o fenômeno da mobilidade humana em todo o mundo e mais particularmente na América Latina e no Caribe que, “no contexto atual da economia globalizada, adquiriu uma dimensão estrutural sem precedentes, seja quanto ao número de pessoas que se move, como também quanto aos deslocamentos de massa, cada vez mais intensos, complexos e diversificados”.
O texto também alerta para a abertura das fronteiras para o capital, as mercadorias, tecnologias e serviços enquanto as pessoas participantes de movimentos de migração, refúgio e itinerantes sofrem com restrições e violações dos direitos humanos. “Nossas grandes preocupações, entre outras, são as violações aos direitos humanos neste campo da mobilidade, o tráfico de pessoas e contrabando de migrantes, o tema das políticas públicas, a exploração dos vários grupos ali envolvidos, tais como, marinheiros, servidores turísticos, itinerantes, migrantes, refugiados e trabalhadores em geral”, diz o documento.
Entre os compromissos das Pastorais no âmbito da Mobilidade Humana destacam-se ações de fortalecimento, articulação, formação e animação pastoral. Também foi feito um pedido ao Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) para a instituição de uma instância que articule e dinamize a Pastoral da Mobilidade Humana.
Congresso
O I Congresso de Pastorais de Mobilidade Humana foi convocado pelo Departamento de Justiça e Solidariedade do Celam com organização da Pastoral de Mobilidade Humana, das Irmãs Missionárias de São Carlos (Scalabrinianas), da Rede Jesuíta com Migrantes da América Latina e do Caribe (RJM-LAC), da Scalabrini International Migration Network (SIMN) e do Secretariado Latinoamericano de Pastoral Social/Caritas e da Conferencia Episcopal do Panamá. Participaram representantes das quatro áreas pastorais e das organizações que animam as pastorais nos diversos países da América Latina e Caribe.
Entre os delegados de 22 países da América Latina e Caribe, estavam os representantes brasileiros: o bispo de Eunápolis (BA) e presidente Nacional da Pastoral dos Nômades do Brasil – Mobilidade Humana, dom José Edson Santana Oliveira; o bispo auxiliar de São Luís do Maranhão (MA), dom Jose Carlos  Chacorowski, da pastoral Rodoviária; o padre Wallace Zanon, padre Jorge Pierozan, Zanata Dantas e Marcondes Dantas, da Pastoral dos Nômades; e as religiosas Rosita Milesi e Claudina Scapini, do Setor de Mobilidade Humana da CNBB.
O documento, na íntegra, pode ser encontrado na página do Instituto Migrações e Direitos Humanos.
 Fonte:CNBB

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