sábado, 29 de setembro de 2012


26º Domingo do Tempo Comum Comentário Litúrgico




                Conforme já é do conhecimento de quase todos os cristãos católicos, neste último domingo do mês de setembro, a Igreja celebra o dia da Bíblia. Encerramos, portanto, o mês da Bíblia, a Carta magna do povo de Deus. Por ela o Espírito nos deu a oportunidade de conhecer e amar o seu Projeto de Amor.
            Como acontece em todas as celebrações dominicais, a liturgia nos oferece sempre um número de três leituras. As leituras selecionada para este domingo são as seguintes: Nm 11,25-29; Tg 5,1-6; Mc 9,38-48.

Evangelho
            Desta vez, irei me deter na segunda parte do trecho do Evangelho (vv. 41-48), que, aliás, contém uma série de ensinamentos independentes um do outro, tais como: “Apelo à hospitalidade”; “palavras duras contra aqueles que escandalizam os pequenos”; por fim, a advertência a respeito de uma modalidade de escândalo, a quem vem do íntimo”.
            Essas analogias usadas por Jesus eram bastante conhecidas no seu tempo e frequentemente ditas pelos rabinos para advertir, sacudindo as pessoas a uma seriedade de vida mais profunda, em relação aos deveres em relação a Deus e ao próximo.
            Na verdade, o que interessa a Jesus é que os seus seguidores não desperdicem a própria vida neste mundo. Quem dissipa a própria vida, perde para sempre a oportunidade de crescimento no amor de Deus, no amor aos seus semelhantes.
            Como vemos, o Evangelho está bem sintonizado com a primeira leitura. Convida ao respeito e à confiante expectativa, e a perceber nos que não são dos nossos não um inimigo em potencial ou um concorrente, mas uma sintonia interior, que pode terminar sendo a de um companheiro de fé(Missal Dominical, XXVI).
            É-nos visível em Jesus a sua preocupação em colocar de sobreaviso seus discípulos contra a tentação de querer ter o “monopólio” dos dons do Senhor.
            A mesma atitude devem ter as instituições, mesmo provindo da iniciativa divina. O que importa é o uso que delas fazem os homens. “Cuidado para monopolizar a Deus”.
É repugnante e triste pensar que o Espírito Santo só age em nós, em nossas comunidades, nas nossas pastorais, nos nossos movimentos, nos nossos grupos, na nossa Igreja. Total equívoco!  
 E mais: "O moralismo e o juridicismo fizeram muito mal à Igreja. São gravemente responsáveis pela partida de muitos, pela indiferença de um número ainda maior de outros, e pela falta de interesse dos que poderiam olhar a Igreja com simpatia, mas são tomados de desânimo diante do nosso farisaísmo."
Será a surpresa de cristãos e de católicos quando virem que não entrarão sozinhos na casa do Pai... Porque o coração do Pai é muito maior que os registros de mentes fechadas, e que o Espírito do Pai sopra por toda parte, mesmo lá aonde os missionários ainda não aportaram!
           
1ª leitura
            Na primeira leitura, encontramos Moisés reclamando a Deus: Eu sozinho não posso suportar a carga de um povo tão numeroso e indisciplinado (cf. Nm 11, 10).
            O Senhor então respondeu a Moisés: “Escolhe 70 homens (anciãos) que estejam em condições de colaborar contigo: sobre eles farei descer o mesmo espírito que se encontrava em ti” (Nm 11,16-18). Os setenta anciãos representam as lideranças para animar a organização do povo. Eles pertencem, portanto, ao grupo liderado por Moisés. Mais eis que duas pessoas chamadas: “Eldade” e “Medad”, que não estavam na tenda recebem o dom do Espírito e começam a profetizar.
            E, então, formou-se uma grande confusão! A questão é: como era possível que pessoas estranhas tivessem recebido o mesmo dom Deus sem fazerem parte do grupo dos escolhidos? Quanto fechamento! Foi triste agir assim! Quando deveriam alegrar-se pelo fato que o espírito também tinha descido sobre os que não pertenciam à “estrutura”. Por isso, alguém ficou indignado e foi pedir a Moisés para que interviesse a fim de impedi-los de profetizar. Impressiona-nos em ver o próprio Josué, associando-se aos que queriam restabelecer a ordem e a hierarquia.
            Moisés, porém, respondeu: Por que és tão zeloso por mim? Prouvera que todos os membros do povo do Senhor recebessem o espírito e se tornassem profetas.
            E, agora, que ensinamentos tirarmos de tal episódio?
- 1º) Que história é essa de proclamar que o Espírito Santo dirige a gente, a história, e somente quando tudo corre de acordo com nossa vontade?Nenhuma instituição, sequer de origem divina, pode monopolizar a Ação do Espírito de Deus;
- 2º) Atenção para o ensinamento central da leitura: a reprovação do fanatismo. Fanático é aquele que agride a quem não pense como ele ou que não faz parte do seu grupo. Cuidado com os fanáticos, porque eles são perigosos demais! E quando se dizem religiosos, haja perigo!

 2ª leitura
            Pela posição dada por Tiago, é possível que sim, é possível que não, serem esses ricos exploradores membros da comunidade. Quantos cristãos, cuja fé é morta. Contudo, é seguro a preocupação do autor em relação a terrível injustiça social.           
Sem sombra de dúvida, Tiago, de maneira categórica, denuncia a situação social em que os pobres estão sendo oprimidos.
Quando a Igreja denuncia a injustiça social, conforme faz Tiago, é considerada comunista. Aliás, é possível que alguém venha a ignorar o que o trecho está dizendo, mais ou menos assim: A riqueza acumulada não mãos desses senhores, fruto do suor e do sangue dos marginalizados, se tornará motivo de sua própria condenação. É bom tomarmos cuidado, lendo bem o texto e o contexto, aplicando-os a nós mesmos!
Quer dizer que a virtude das virtudes, a virtude sem a qual, todas as demais nada são e nada valem é a Caridade. Deus é Amor.
 “O Papa João XXIII que mergulhara nessa verdade, nos avisava e nos pedia: “Não saiam da caridade para vocês não saírem de Deus” (D. Helder).

Pe. Francisco de Assis Inácio
Pároco de Nova Cruz - RN
                                                                                      

sexta-feira, 28 de setembro de 2012


CNBB divulga nota "Eleições Municipais 2012 - Voto consciente e limpo"



Durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 27 de setembro, a presidência da CNBB apresentou a sua mensagem para as eleições municipais 2012. O texto foi aprovado durante a última reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), realizado esta semana na sede da entidade, em Brasília (DF).

A seguir, a íntegra da nota.

Eleições Municipais 2012 - Voto consciente e limpo

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília de 25 a 27 de setembro, considerando as eleições municipais do próximo mês de outubro, vem reforçar a importância desse momento para o fortalecimento da democracia brasileira. Estas eleições têm característica própria por desencadear um processo de maior participação em que os candidatos são mais próximos dos eleitores e também por debater questões que atingem de forma direta o cotidiano da vida do povo.

A Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, em serviço de todas as pessoas (cf. GS 75). Saudamos, portanto, os candidatos e candidatas que, nesta ótica, apresentam seu nome para concorrer a um cargo eleitoral. Nascido da consciência e do desejo de servir com vistas à construção do bem comum, este gesto corrobora o verdadeiro sentido da atividade política.

Estimulamos os eleitores/as, inclusive os que não têm a obrigação de votar, a comparecerem às urnas no dia das eleições para aí depositar seu voto limpo. O voto, mais que um direito, é um dever do cidadão e expressa sua corresponsabilidade na construção de uma sociedade justa e igualitária. Todos os cidadãos se lembrem do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum (cf. GS 75).

A lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010), ambas nascidas da mobilização popular, são instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos. A esses instrumentos deve associar-se a consciência de cada eleitor tanto na hora de votar, escolhendo bem seu candidato, quanto na aplicação destas leis, denunciando candidatos, partidos, militantes cuja prática se enquadre no que elas prescrevem.

A vigilância por eleições limpas e transparentes é tarefa de todos, porém, têm especial responsabilidade instituições como a Justiça Eleitoral, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como o Ministério Público. Destas instâncias espera-se a plena aplicação das leis que combatem a corrupção eleitoral, fruto do anseio popular. O resgate da ética na política e o fim da corrupção eleitoral merecem nossa permanente atenção.

O político deve cumprir seu mandato, no Executivo ou no Legislativo, para todos, independente das opções ideológicas, partidárias ou qualquer outra legítima opção que cada eleitor possa fazer. Incentivamos a sociedade organizada e cada eleitor em particular, passadas as eleições, a acompanharem a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha. Quanto mais se intensifica a participação popular na gestão pública, tanto mais se assegura a construção de uma sociedade democrática.

As eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política. O recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o principio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política. Do contrário, como buscar o bem comum, princípio definidor da política?

A Deus elevemos nossas preces a fim de que as eleições reanimem a esperança do povo brasileiro  e que, candidatos e eleitores, juntos, sonhem um país melhor, humano e fraterno, com justiça social.

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria!

Brasília, 27 de setembro de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB


Fonte: CNBB

quinta-feira, 27 de setembro de 2012


Debate acontece hoje, no Colégio de Nossa Senhora do Carmo


A partir das 20 horas desta quinta-feira, 27, a cidade de Nova Cruz terá a oportunidade de ouvir as propostas dos planos de governo dos candidatos a prefeito. Baseado nas regras, os candidatos terão três blocos para falar na apresentação e defesa das propostas do futuro gestor executivo municipal, para os próximos quatro anos, do município de Nova Cruz/RN,  através de perguntas e respostas sobre os temas:  Educação,  Habitação,  Saúde,  Segurança, Cultura, Esporte/lazer, Infraestrutura/Limpeza urbana e rural, Meio ambiente/Desenvolvimento sustentável,   Geração de emprego e renda,  Assistência Social e  Transparência na gestão pública. 

O debate acontecerá no Auditório do Colégio de Nossa Senhora do Carmo, a partir das 20 horas, com transmissão, ao vivo, pela rádio 107 FM, http://www.radioagrestefm.com.br/, como também através deste blog e do site da Paróquia de Nova Cruz: http://www.paroquiadenovacruz.com

A Paróquia da Imaculada Conceição tomou a iniciativa de realizar um debate eleitoral democrático, com o objetivo de envolver e conscientizar os fiéis leigos da importância de certas ações oriundas da política, concernente a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, uma sociedade que respeite a dignidade humana, tendo como um dos eixos norteadores a política correta, coisa que acreditamos contribuir na construção de um “novo céu e uma nova terra” (Apo 21.1). Texto de apresentação das regras. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


Miss@o.com reuniu várias paróquias em Nova Cruz



O encontro de formação Miss@o.com realizado no último domingo, dia 23,em Nova Cruz, reuniu várias paróquias do 8º e 13º zonal  da Arquidiocese de Natal. Mais de 130 agentes de pastorais tiveram capacitação nas oficinas de Liturgia, Catequese e Fotografia, assessorados por membros da equipe arquidiocesana da Pastoral da Comunicação e coordenador diocesano da catequese. 

Os paroquianos de Nova Cruz tiveram a oportunidade de rever o ex-pároco, Pe. Edilson Nobre, que fez a palestra inicial do encontro. No final do encontro muitos agentes de pastorais agradeceram e disseram ter gostado de ter participado da capacitação. "Foi muito bom ter passado este dia cheio de boas ações", disse uma catequista. 

O encontro teve na parte da tarde a continuação das oficinas, com parte prática  e grupos de trabalhos. No final todos os participantes foram para o auditório onde os assessores relataram como foi desenvolvido os trabalhos nas oficinas. O coordenador paroquial e articulador da Pascom, Flavio Luiz agradeceu a participação de todos e da equipe Arquidiocesana da Pascom. 

Pe. Edilson cumprimentado os ex-paroquianos 


Oficinas e grupos de trabalhos
Oficina de Liturgia 



Oficina de Catequese

Oficina de Fotografia


Cacilda Medeiros falou sobre a Escola de Comunicação e 8º Mutirão de Comunicação


Assessores
Seminarista Antonio falou a oficina de Liturgia

Diácono José Bezerra falou a oficina de Fotografia


Diácono Edma Conrado falou a oficina de Catequese

Flavio Luiz agradeceu a participação


Membros da Pascom Arquidiocesana e de Nova Cruz


Membros da Pascom de Nova Cruz



terça-feira, 25 de setembro de 2012


Papa fala de ética na política



Papa Bento XVI recebeu na residência Apostólica de Castel Gandolfo os 110 participantes do encontro do Comitê Executivo da Internacional Democracia-Cristã. Na ocasião, ele afirmou que é no espírito de confiança e sem desânimo que o compromisso civil e político pode receber novo estímulo e impulso na busca de um sólido fundamento ético. 

No seu discurso o Papa recordou que se passaram 5 anos do último encontro e neste tempo o compromisso dos cristãos na sociedade continuou a ser vivaz fermento para melhorar as relações humanas e condições de vida. Este compromisso não deve conhecer flexões ou limites, mas ao contrário deve ser ampliado com renovada vitalidade, levando em consideração, em certos casos, o agravamento dos problemas que enfrentamos.

Destaque cada vez mais crescente – disse o Papa - assume a atual situação econômica, cuja complexidade e gravidade justamente preocupa, mas diante da qual o cristão é chamado a agir e a se exprimir com espírito profético, capaz de colher nas mudanças em andamento a incessante e misteriosa presença de Deus na história, assumindo assim com realismo, confiança e esperança as novas emergentes responsabilidades. “A crise obriga-nos a projetar de novo o nosso caminho, a impor-nos novas regras e a encontrar novas formas de compromisso, tornando-se assim uma oportunidade de discernimento e de novo planejamento”.


É neste espírito, com confiança e sem desânimo – disse Bento XVI - que o compromisso civil e político pode receber novo estímulo e impulso na busca de um sólido fundamento ético, cuja ausência no campo econômico contribuiu para a atual crise financeira global. A contribuição política e institucional que os senhores dão não poderá, portanto, limitar-se a responder às necessidades urgentes de uma lógica de mercado, mas deve continuar a assumir como central e essencial a busca do bem comum, como também a promoção e proteção da inalienável dignidade da pessoa humana.


E o Papa adverte: um autêntico progresso da sociedade humana não poderá deixar de lado políticas de tutela e promoção do matrimônio e da comunidade, políticas que cabem não só aos Estados mas também à Comunidade Internacional, para inverter a tendência de um crescente isolamento da pessoa, fonte de sofrimento e de insensibilidade seja para o indivíduo seja para a própria comunidade.


O Papa chamou ainda a atenção para o fato de que “se é verdade que a defesa e a promoção da dingidade da pessoa humana são responsáveis os homens e mulheres de qualquer conjunta da história”, é também verdade que tal responsabilidade concerne de modo particular àqueles que são chamados a desempenhar um papel de representação. Eles, se animados pela fé, devem ser “capazes de transmitir às gerações futuras razões de vida e de esperança”.


Fonte: CNBB

domingo, 23 de setembro de 2012

Palavras de Deus para minha noite!



Anunciar o evangelho não é para
mim motivo de glória. É antes uma
necessidade que se me impõe.
Por causa do Evangelho
eu faço tudo, para dele
me tornar participante.
(1Cor 9,16.23)

ENCONTRO DE FORMAÇÃO MISS@O.COM É SUCESSO


Com as presenças de 130 agentes de diversas pastorais das paróquias do 8 e 13 Zonais da Arquidiocese de Natal, foi realizado em Nova Cruz, neste domingo o ENCONTRO DE FORMAÇÃO MISS@O.COM. no auditório do Colegio de Nossa Senhora do Carmo.

Na abertura, padre Francisco de Assis, paroco de Nova Cruz, que sedia o evento deu as boas vindas aos presentes. O evento conta ainda com as presenças dos Padres Edilson Nobre e Roberlan.

 
 
 
 
 


 

Logo em Seguida Cassilda, falou sobre o 8 multicom que ocorrerá na Arquidiocese de Natal no ano que vem e que reunirá pessoas ligadas as PASCOMs de todo o Brasil.

Padre Edilson Nobre, Assistente Eclesial da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Natal realizou a palestra sobre o tema: "Comunicação na vida e missão na Igreja".

 
 
 
 
 
 
 

Logo após os encontristas participaram de um lanche coletivo e depois foram para as salas participar das Oficinas para as quais se inscreveram: Fotografia; Catequese; Liturgia. 

 
  
 
 
 Oficina de Liturgia






 0ficina de Catequese

 

Oficina de Fotografia
 

 

Houve uma parada para o almoço e os trabalho prosseguiram a tarde


sábado, 22 de setembro de 2012


Reflexão dominical - 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 
Pe. Francisco de Assis




 EVANGELHO (Mc 9,30-37)

- Primeira parte (vv. 30-32)
O Filho de Deus encontra-se a caminho para Jerusalém. Por três vezes Jesus avisa que vai a Jerusalém. Fazer o que por lá? Sofrer e morrer. O texto de Marcos deste domingo refere-se ao segundo anúncio.
Um detalhe a ser observado, é que Jesus, enquanto está a caminho com os seus discípulos, retoma a temática do evangelho do domingo próximo passado: “A entrega de sua própria vida”. A sua preocupação se baseia em passar a limpo a lição, isto é, corrigir totalmente a ideia equivocada que determinadas pessoas formaram a respeito dele. Como vemos, Jesus é o próprio formador.
Porém, é impressionante perceber como os alunos são lentos e tímidos em compreender a lição esplanada pelo Mestre Jesus. Tanto o é, que o texto é seguido por uma observação: “Não entendiam estas palavras e tinham medo de pedir-lhe explicações” (vv. 30-32).
- Segunda parte (vv. 33-37)
Quem sabe, talvez ainda estejam bastante marcados pela fortíssima repreensão que o Mestre deu a Pedro, chamando-o de “Satanás”, por não aceitá-lo em negar a possibilidade de viver um messianismo glorioso e vencedor, mas a opção de dar a sua própria vida. Por essas e outras, eles têm medo de Jesus. Jesus “não brinca em serviço”, é intransigente, não aceita ser contrariado, nem ser aconselhado, sobretudo, quando o conselho é incoerente.
            Quando ele, o Mestre, revela o seu perfil de “servo”, não é possível não sentir medo. É necessário coragem para olhá-lo de frente, para fazer-lhe indagações, para ouvi-lo, para entender e aceitar de uma vez por todas, a opção serena e decidida pelo seu segmento de vida.
A reação dos discípulos é sempre negativa e desastrosa, e o é por pavor em relação às consequências. Contudo, é preciso compreender que o referido comportamento é decorrente do ensinamento patrocinado pelos rabinos da época, que, conforme seus ensinamentos, diziam que Deus não morrerá jamais, que triunfará sobre todos os seus inimigos.
- Terceira parte (vv. 36-37)
            Na terceira e última parte do texto, vê-se um gesto recheado de muito significado. Jesus chama um dos meninos, coloca-o nos braços e diz assim: “Quem acolhe um destes pequenos em meu nome, a mim acolhe”. Quanta bondade e ternura comprovadas pelo Mestre! E diz mais: “Quem não aceita o reino do céu como uma criança, não poderá entrar nele”.
            Observar é preciso! Torna-se claro o sentido que tem o gesto do Mestre. Ele espera que os seus discípulos estabeleçam como centro dos próprios interesses, preocupações e dos próprios projetos, os pequenos e marginalizados, os que não contam na sociedade.

 I LEITURA (Sab 2,12.17-20)
            A proposta do Mestre é uma autêntica loucura para quem alcança e, portanto, vive em meio a “sabedoria” do mundo.
Por lhe faltar a sabedoria de Deus, o impiedoso, desumano e cruel (ímpio) são disponibilizados a praticar maldade contra os justos, porque a presença desses os incomoda. “É a eterna história dos maus que querem arrastar os outros para o mal, tornando-os iguais a eles”. Assim sendo, tem razão o dito popular; “quem é mal não quer ser só”.
            Diante de tudo isso, como Deus reage? De acordo com o vers. 18, assim diz o autor: “Se, de fato, o justo é ´filho de Deus´, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos”. Ou seja, Deus é solidariedade comprovada.

II LEITURA (Tg 3,16-4,3)
                Tiago nos ajuda a compreender e, por isso nos alerta, para que orientemos nossas vidas conforme a “sabedoria que vem do alto”.
 CONCLUSÕES DAS CONCLUSÕES:
                - Como os discípulos, nós também ainda temos muita dificuldade de entender o que Ele quer de nós. Quem realmente é e o que Jesus significa na nossa compreensão da fé?
            - Que tal procurarmos interagir melhor a fé que professamos, de modo especial, todos os domingos na Missa, com a nossa vida, vivendo o serviço aos irmãos pobres, os preferidos de Deus?
            - São Tiago nos orienta para segamos o caminho da “sabedoria que vem do alto”, isto é, o próprio Espírito de Deus que nos é comunicado. Assim sendo, é bom tomarmos cuidado com a tirania dos ímpios que, muitas vezes nos atingem também.